Os gigantes do rock Tiãs em Florianópolis no p12 em Jurerê Internacional

Autor: Paulo Teixeira Pavão

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Os gigantes do Rock brasileiro, Titãs, estarão se apresentando aqui em Jurerê no próximo sábado, dia 9 de Maio, no Parador Internacional, P12, com o show da turnê “Nheengatu”, o seu mais recente lançamento. Subirão no palco Branco Mello (voz e baixo), Paulo Miklos (voz e guitarra), Sérgio Britto (voz, teclado e baixo), Tonny Bellotto (guitarra) e o músico convidado Mario Fabre, na bateria. Além das músicas do novo álbum, a banda afirmou que também tocará sucessos mais pesados e algumas músicas que há muito não tocavam, como “Desordem” e “32 Dentes”.

Titãs é uma banda que tem história para contar: formada 1982, em São Paulo, hoje é considerada um dos maiores grupos de rock do Brasil junto de bandas como Paralamas do Sucesso e Legião Urbana.


Com mais de trinta anos de carreira, os percalços não foram poucos, e ao longo de sua jornada, a banda que contava inicialmente com 9 integrantes agora possui apenas 4, sendo que o quinto membro é um músico contratado, o baterista Mario Fabre, o substituto de Charles Gavin que vinha acompanhando a banda desde 86.

O estilo musical oscilou com o passar do tempo, se manifestando em diversos gêneros, entre eles punk rock, funk, alternativo e pop rock. Porém, o que lançou a banda ao estrelato foi seu forte tom de crítica social, em especial no seu terceiro álbum, “Cabeça Dinossauro”, em 86. Ele conta com sucessos como “Polícia”, “Família” e “Homem Primata”.

Foi em 1998 que a banda começou a sofrer um declínio com críticas mistas ao seu segundo álbum acústico, seguido por outro só de covers em 99. Havia boatos de que a banda havia se vendido ao mercado, produzindo músicas apenas pelo ganho financeiro.

O quadro ia de mal a pior quando, em 2001, Marcelo Fromer, o guitarrista base, foi atropelado por uma moto e veio a falecer dois dias após. A banda tinha recém fechado um contrato com uma nova produtora, e a súbita perda de um dos membros fundadores fez com os fãs pensassem que a banda se dissolveria.

Os Titãs porém seguiram em frente, trazendo consigo o músico Emerson Villani. Ele já tinha tocado com o grupo em algumas turnês no lugar de Fromer, quando ele teve que se ausentar para ser um dos comentadores da Copa de 98, e juntos lançaram o décimo primeiro álbum gravado em estúdio, “A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana”. Foi nesse lançamento que também estava incluída a música “Epitáfio”, um de seus maiores sucessos.

A banda continuou firme desde então, passando por grandes marcos como o show em conjunto com a banda Paralamas do Sucesso, ambas celebrando 25 anos de carreira em 2007, e a regravação do álbum que os levou ao estrelato, “Cabeça Dinossauro”, em 2012, comemorando então 30 anos.

Desde “A Melhor Banda…” em 2002, os Titãs lançaram apenas mais dois álbuns de estúdio, antes de entrarem em um hiato. Foi apenas em 2014 que a banda anunciou um novo lançamento, “Nheengatu”, agora com a sua formação mais recente sem o baterista Charles Gavin.

Esse álbum foi um sucesso entre os críticos, recebendo muitos elogios e referências às suas raízes, com canções de tom lírico forte, como “Fardado” — considerada uma atualização do seu antigo sucesso “Polícia” — “Pedofilia”, “Baião de Dois” e “Senhor”. O próprio vocalista e guitarrista da banda, Paulo Miklos, afirmou que o álbum é “pesado, sujo e malvado”.

Entre outras críticas favoráveis, falam do fato de uma banda tão antiga ainda possuir energia e agressividade, especialmente após ter passado por um longo período morno e ter perdido mais da metade de sua formação inicial.

“Nheengatu” é o nome dado à língua derivada do tupi-guarani e criada pelos jesuítas na época da colonização em um esforço para unificar as tribos nativas do Brasil e o homem branco. Isso se contrasta com a arte da capa, uma referência à torre de Babel, uma história mítica sobre a origem da diversidade entre as línguas: os homens tentaram construir uma torre que alcançasse os céus, mas foram punidos pela ira de Deus, que a destruiu. Consequentemente, os homens se dispersaram pelo planeta, e, antes todos falando uma única língua, passaram a desenvolver suas próprias, não mais compreendendo uns aos outros.

Curioso para ver a performance ao vivo de uma banda com tanta experiência e história para contar? E por que não aproveitar o momento e passar o fim de semana em Jurerê, caminhando pela beira da praia e ponderando sobre as mensagens que as músicas de tom crítico e social têm para compartilhar? A Pousada dos Sonhos fica pertinho do local do show; aproveite essa oportunidade para sair da correria do dia a dia e ter um momento só seu. 😉


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